O TiktTok admitiu bloquear hashtags LGBTQIA para corresponder às leis de países específicos. Em um relatório recente do Australian Strategic Policy Institute, foi descoberto que muitas hashtags e conteúdo LGBT foram banidas de países como Rússia, Jordânia e Bósnia.
O relatório afirma que “Hashtags relacionadas a questões LGBT+ são suprimidas na plataforma em pelo menos 8 idiomas.” As hashtags incluem “GayArab”, “Eu sou gay” em russo, “Gay” em estoniano, “Eu sou lésbica” em russo e “Transgênero” em árabe.
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O relatório também menciona o termo “shadow-ban”, que é um método usado para desacelerar a filtragem de determinado conteúdo sem banir totalmente o assunto. Um porta-voz da TikTok respondeu ao relatório afirmando: “Como parte de nossa abordagem localizada para moderação, alguns termos fornecidos pela ASPI foram parcialmente restritos devido às leis locais relevantes. Outros termos eram restritos porque eram usados principalmente para procurar conteúdo pornográfico”.
O TikTok já se envolveu em polêmica de censura LGTB+ outras vezes, em dezembro de 2019, os usuários trans falaram sobre a exclusão de suas postagens. Em entrevista à BBC, a usuária do TikTok, Clarissa Jacob, afirmou: “Eu me senti derrotada. Ninguém estava vendo meu conteúdo, ninguém se importou e não havia nada que eu pudesse fazer”.
Problemas e representação LGBT+ não são o único conteúdo que a TikTok foi acusada de censurar. O movimento Black Lives Matter também viu sinais de supressão, especialmente após a trágica morte de George Floyd. A hashtag #acab – que significa “todos os policiais são bastardos” – foi bloqueada durante o auge dos protestos, mas foi disponibilizada após escrutínio público.
A plataforma garante que quer garantir a seus usuários LGBT+ recebam apoio e possam usar o TikTok livremente. Em comunicado divulgado em junho deste ano, a empresa afirma: “é importante para nós que as vozes e histórias LGBTQ+ daqueles que estão promovendo a aceitação de todos e ajudando a criar um mundo onde todos têm o direito de ser quem são e quem eles amam são compartilhados, vistos e ouvidos”.