Diante de tanta coisa negativa que vem acontecendo na comunidade LGBT, uma história chama atenção e merece nosso carinho ao ser compartilhada. É a história de Victor e Wilker, que se conheceram enquanto cursavam Engenharia Hídrica em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Após a graduação, os jovens decidiram estudar juntos e prestaram concurso público da Policia Milita de Minas Gerais e novamente acabaram sendo colegas de sala, agora na Escola Estadual de Formação de Soldados.
Formaram-se juntos em 2016 e conseguiram ser destacados para a mesma cidade, Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. Tanto nos tempos de faculdade quanto no trabalho junto à Polícia Militar, os dois procuraram manter discrição sobre o relacionamento. Mas, em dezembro do ano passado, decidiram mostrar ao mundo a história de amor que os unia: Victor Morais, de 26 anos, e Wilker Figueiredo, de 27 anos, se casaram no cartório e fizeram uma festa para celebrar junto aos amigos.
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Agora, a história de amor compartilhada pelos dois durante cinco anos não é mais segredo para ninguém na cidade de 21 mil habitantes em que moram. “Quando nos mudamos para Itaobim, não falávamos sobre o assunto, não postávamos nada em redes sociais. Mas agora que nos casamos e postamos foto, toda a cidade ficou sabendo. Como esperado, houve muita fofoca, muitos comentários, mas não chegou nada negativo até nós”, conta Victor.
“Nós sempre tentamos deixar separadas a vida profissional da vida pessoal”, diz Victor. Lembrando que nunca houve qualquer tipo de repreensão a ambos por parte da corporação ou dos superiores, pois a orientação deles não interferia no trabalho como agentes de segurança pública.
Na internet
A história de amor entre os dois soldados acabou também ganhando proporção nacional, quando foi contada no perfil do Instagram da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (Renosp), projeto que visa enfrentar o preconceito sofrido por policiais e integrantes das forças armadas dentro das instituições. Confira:
Com a repercussão positiva sobre o casamento de Victor e Wilker, o casal acabou recebendo centenas de mensagens de apoio, em que segundo Victor: “Muitas pessoas nos desejaram felicidades e recebemos mensagens de rapazes que disseram ter interesse de entrar na Polícia Militar, mas têm medo do preconceito que poderiam sofrer. Disseram que somos um estímulo para fazerem o concurso público”.
Victor e Wilker planejam voltar a estudar juntos novamente. Querem, dessa vez, prestar a prova para sargento e estudar na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, em Belo Horizonte. A intenção é que, após mudarem de patente e se instalarem em uma nova cidade mineira, os dois entrem com um processo para adotar uma criança.