A professora Jennifer Leja leciona nas 7ª e 8ª séries no Distrito Escolar do Condado de Washoe em Reno, Nevada, nos Estados Unidos.
Bissexual, ela diz que é a única professora abertamente LGBT na escola. Até recentemente, ela tinha uma bandeira do orgulho do arco-íris em sua sala de aula. Era uma forma de enviar um sinal de boas-vindas aos alunos e também estimular um debate sobre diversidade.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
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No entanto, ela foi orientada a remover a bandeira após uma emissão de novas diretrizes da escola, que dizem agora que “qualquer sinalização exibida nas dependências e que seja de natureza política, deve ser removida.”
Jennifer perguntou se isso incluía questões LGBT, ao que a direção da escola respondeu que sim: “Os tribunais consideram as questões LGBT como discurso político e, portanto, a bandeira do arco-íris [é considerada] um discurso político, e portanto, não pode ser expressa por meio de roupas e outros meios em sua classe”, afirmaram.

A professora entretanto disse que não enxerga a bandeira LGBT como “política” ou “partidária”. Sendo assim, na tentativa de enviar uma mensagem aos alunos que lutam por respeito a sua identidade, ela encontrou outras maneiras de trazer o arco-íris para sua sala de aula: espalhou as sete cores por cartazes informativos, objetos, móveis e até nas limitações das carteiras marcadas no chão. Nem mesmo sua própria máscara facial contra o coronavírus ou fio de seu crachá escaparam das cores do arco-íris!
Leja postou um vídeo em seu perfil no TikTok para mostrar como ficou a sala de aula e o conteúdo viralizou rapidamente na Internet tendo mais de 170 mil likes. Assista abaixo:
@msleja My response to this new requirement 😂 #tiktokteacher #middleschool #teachersoftiktok #lgbt #lgbtqteacher
Em resposta, o diretor do distrito escolar Caudill, disse ao Buzzfeed: “Não é apropriado para o distrito, como entidade governamental, selecionar apenas os discursos com os quais concorda. É do maior interesse e de nossas comunidades pedir aos funcionários que se abstenham de todo discurso político de um único assunto”.
Entretanto, provavelmente temendo cometer crime de discriminação, eles avisaram: “Mas quero deixar bem claro que a política não exige que os funcionários escondam sua própria sexualidade. Os professores podem permitir que os alunos saibam de sua sexualidade ou mencionar outras pessoas importantes, se desejarem. A política não impacta quem é o professor, apenas impacta a defesa de uma posição política específica.”
Por hora, mesmo sem bandeira LGBT, a sala de aula da professora Jennifer Leja continua mais colorida do que nunca.