Um ‘executor pró-iraniano’ no Iraque declarou que o país não serve para homossexuais “imundos”, em uma fala que o ativista LGBT Peter Tatchell classifica como um incentivo claro à homofobia predominante na região.
Em um vídeo publicado na quinta-feira, Ali Al-Husseini, da Unidade de Mobilização Popular (PMU) patrocinada pelo Irã, lançou o discurso homofóbico que antecedeu uma manifestação planejada contra o governo iraquiano e as forças dos EUA no Iraque.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
---|
“O Iraque não é um país de colaboração, espionagem, gangues de coringa ou homossexuais”, disse ele, segundo uma tradução do Instituto de Pesquisa em Mídia do Oriente Médio (MEMRI).
E ainda afirmou: “Se Deus quiser, fecharemos as praças [de manifestantes antigovernamentais] de prostituição, homossexualidade, humilhação … espiões, escândalos e humilhações; Iremos eliminá-los e expulsá-los do Iraque”.
O ativista dos direitos LGBT + e Peter Tatchell disse ao The Jerusalem Post: “Ele está usando a homofobia em uma tentativa de desacreditar um movimento popular legítimo”. Vale lembrar, algo que no Brasil também é adotado por conservadores extremistas, não é mesmo? Usar o moralismo, ignorância e preconceitos da população contra grupos minoritários em busca de apoio político.
Peter acrescentou que, como executor pró-iraniano no Iraque, “Al-Husseini foi responsável por atirar em civis iraquianos mortos que protestavam pacificamente contra a corrupção, pobreza e austeridade impostas pelo governo apoiado por Teerã em Bagdá”.
O regime do Irã impõe a pena de morte às pessoas LGBT +, e acredita-se que entre 4.000 e 6.000 gays e lésbicas foram executados pelo judiciário do Irã até agora, segundo um cabo britânico do WikiLeaks de 2008.