LGBTs de Israel comemoraram uma nova medida aprovada pela associação de médicos do país, que proíbe qualquer tipo de terapia para se reverter a sexualidade, os tratamentos, vulgo torturas, conhecidos popularmente como “cura gay”, defendidos no Brasil por pessoas como pastor Marcos Feliciano e a atual ministra de Direitos Humanos Damares Alves.
A partir de agora, “profissionais” que oferecerem ou realizarem este tipo de tortura podem ser expulsos da Associação Médica de Israel (IMA), que representa 90% dos profissionais de saúde do país.
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Ativistas e militantes LGBTs comemoraram a medida, mas alertaram que é preciso trabalhar a questão com grupos religiosos retrógrados, que ainda pregam que homossexualidade seja doença passível de cura.
“Os tratamentos para mudar a orientação sexual foram considerados ineficazes e podem causar danos mentais, como ansiedade, depressão e tendências suicidas”, disse o IMA, em comunicado.
Pelas terapias de cura gay, existem choques, torturas, sessões de hipnose, tudo para tentar convencer algum LGBT de que sua sexualidade e/ou identidade de gênero não seja daquela maneira, e sim, que ele seja como a maior parte da população: heterossexual e cisgênera.
Nem é preciso dizer que a tortura causa traumas psicológicos e piora ainda mais a situação de não aceitação de pessoas LGBT, que muitas vezes passam a viver reprimindo seu verdadeiro desejo, sem poder de fato alterá-lo.
Israel é um dos poucos países do Oriente Médio — junto com Jordânia e Bahrein — que permitem relações entre pessoas do mesmo sexo. Em várias outras nações da região, a homossexualidade ainda é punida com pena de morte.