Inacreditável a fala de Pascale Lemare, que é simplesmente diretora do serviço de adoção da região de Seine Maritime, que fica no noroeste da França.
Em uma fala infeliz e extremamente preconceituosa, em um programa da rádio France Bleu onde foi entrevistada, ela foi questionada sobre adoção por casais homoafetivos quando respondeu: “Acredito que existem pais que respondem melhor a este critério. Penso ser complicado para um casal homossexual adotar um bebê recém-nascido saudável. Casais homoafetivos são atípicos em relação a norma biológica e social. Seria mais adequado que fiquem com as crianças diferentes.”, disse ela.
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Ao ser questionada o que quis dizer por “diferente” pelos apresentadores, a diretora piorou ainda mais seu discurso ao tentar explicar: “São crianças que ninguém quer adotar. As deficientes, mais velhas ou com problemas psicológicos graves. Estas, tem muitos casais que não aceitam.”
Claro, claro. Os heterossexuais fazem as crianças e abandonam ou deixam na adoção. E aí quando gays vão lá adotar e dar carinho, amor e uma estrutura familiar a uma criança jogada fora pelos pais heterossexuais desumanos, ainda somos vítimas de segregação. Fora que, acima disso tudo, não deveria haver diferença entre adotar uma criança 100% dentro dos padrões ou não, independente dos pais serem heterossexuais ou homoafetivos. E quem nomeou este ser humano – se ainda é possível chamá-la assim – pra dirigir um centro de adoção, gente?
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A fala obviamente repercutiu pessimamente no país. Alexandre Urwicz, presidente da Associação de Famílias Homoparentais da França, se disse indignado a imprensa e afirmou que procurará na justiça as medidas cabíveis a afirmação da diretora.
“Estamos horrorizados. Já suspeitávamos deste tipo de política para adoção de casais homoafetivos desta região, mas não tínhamos provas.”.