Um casal de lésbicas foi mantido em cativeiro por parentes homofóbicos – até que uma das mulheres escapou pulando um muro. De acordo com reportagens do Times of India, o casal teve uma cerimônia de casamento no templo Budheshwar em Uttar Pradesh, Índia, em 17 de novembro.
Algum tempo depois, uma das mulheres disse às autoridades que parentes a levaram e sua esposa à força, mantendo-as contra sua vontade na casa da família. A mulher explicou que acabou conseguindo chegar ao terraço da casa, pulou um muro e correu para a polícia.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
---|
Os policiais compareceram à casa e conseguiram resgatar a outra mulher, trazendo-a de volta à delegacia e reunindo-a com sua esposa. O comissário assistente da polícia confirmou ao Times of India que o casal de lésbicas foi detido contra sua vontade. Ele acrescentou que suas famílias são “contra seu relacionamento”.
Singh continuou: “Suas famílias foram chamadas à delegacia de polícia e aconselhadas. Eles foram informados de que a lei fornece proteção para casais do mesmo sexo, e as famílias podem ser processadas se uma queixa for apresentada”.
O casal de lésbicas disse a repórteres na delegacia que o casal não “quer a interferência ou perturbação de ninguém” e que viverão juntas”. Ela disse: “Somos ambos adultas e capazes de ganhar dinheiro para nos sustentar”.
Casal de lésbicas é protegido legalmente
A comunidade LGBT+ é protegida em Uttar Pradesh, mas o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é reconhecido. Uttar Pradesh é o Estado mais populoso da Índia onde a homossexualidade é legal, embora as relações entre pessoas do mesmo sexo não sejam reconhecidas. As pessoas trans que vivem na região são reconhecidas legalmente.
De acordo com a EqualDex, a discriminação contra pessoas LGBT+ é ilegal, seja no emprego, na moradia ou de forma ainda mais geral. Pessoas LGBT+ também podem ingressar no exército ou doar sangue.
Na Índia, de maneira mais geral, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é reconhecido. Além disso, pessoas LGBT+ não podem adotar crianças e são proibidas de ingressar no exército. Além disso, a terapia de conversão – a prática pseudocientífica e prejudicial de tentar mudar a identidade de gênero ou orientação sexual de alguém – não foi proibida como prática.