Quando decidem ser pais, casais gays costumam receber uma licença parental menor do que casais heterossexuais e até menor do que casais de lésbicas, revelou um estudo recente.
Pesquisadores da UCLA conduziram a pesquisa examinando a situação em 33 países. Na pesquisa divulgada pela Reuters, foi descoberto que casais gays recebem o mesmo número de licença que casais héteros em apenas 12% dos casos.
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Mesmo casais de lésbicas, que também tem desvantagem em relação aos casais heterossexuais, observam vantagem em relação aos casais gays. Entre as mulheres em relações homoafetivas que são mães, a tendência é de o mesmo período de licença paternal ser concedido em relação a casais héteros em 60% dos casos, o que também é uma injustiça.
Segundo os pesquisadores, em média, casais homoafeitvos masculinos tiveram cinco meses a menos de licença parental. Enquanto isso, mulheres lésbicas recebem três meses a menos de licença parental paga em comparação a casais heterossexuais.
Dos 33 países pesquisados, apenas Austrália, Nova Zelândia, Islândia e Suécia oferecem férias remuneradas exatamente iguais a todos os casais, sejam héteros ou homoafetivos. O período varia de 18 a 70 semanas dependendo do país e sua própria legislação.
Mas o que causa tamanha diferença e injustiça?
“Muitas das diferenças nas licenças decorrem dos estereótipos de gênero em que as mulheres seriam as principais cuidadoras”, disse a autora da pesquisa, Elizabeth Wong. E explicou: “Isso já gera diferenças nas licenças entre homens e mulheres em casais heterossexuais e acaba afetando principalmente casais homoafetivos”.