Nesta semana, Bolsonaro criticou a criminalização da LGBTfobia, acusando ao Supremo Tribunal Federal (STF) de “legislar” ao equiparar por maioria em votação os crimes contra LGBTs nos mesmos parâmetros da Lei de racismo.
A declaração intolerante aconteceu durante um culto na Assembleia de Deus Ministério Madureira, local em que, teoricamente, as pessoas deveriam seguir o principal mandamento que diz: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
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“O Supremo Tribunal Federal agora está discutindo se homofobia pode ser tipificado como racismo. Desculpe aqui o Supremo Tribunal Federal, que eu respeito e jamais atacaria o outro poder, mas, pelo que me parece, estão legislando […]. O estado é laico, mas eu sou cristão”, afirmou o presidente, no evento em Goiânia.
Após a declaração, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rebateu o presidente. “Não há nada de legislar. O que há é a aplicação da efetividade da Constituição, que é protetiva de uma minoria que no Brasil sofre violência tão somente por sua orientação sexual”, disse Moraes.
E completou: “O Brasil é o quarto país do mundo com maior índice de agressões a pessoas tão somente em virtude de sua orientação sexual. Não é possível continuar com isso”, completou, após almoço no Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), segundo o G1.
Vale lembrar que, o presidente sempre diz em seus discursos que é contra ideologias, no entanto, ao que parece, sua posição é um tanto quanto seletiva. Afinal, enquanto o país explode em desemprego, preços altos, economia quebrada, saúde precária, entre inúmeros outros problemas que poderíamos citar, Bolsonaro se preocupa apenas com o que ele diz ser contra: manter um país enquadrado dentro das suas próprias “ideologias”.