Que o presidenciável Jair Bolsonaro vem sendo justamente detonado internacionalmente, não é novidade. The Ecomist, New York Times, El País… O mundo todo tenta avisar o Brasil da iminente catástrofe que é a eleição de um presidenciável não apenas racista, homofóbico e misógino como absolutamente ignorante e despreparado e sem qualquer relevância em 29 anos de serviço como deputado.
Pois bem. Agora foi a vez de um senador chileno mostrar que entende mais da realidade brasileira que muito brasileiro. Alejandro Navarro quer implementar no Chile uma proposta batizada de “Lei Bolsonaro”, cujo intuito é combater a divulgação de notícias falsas plantadas por políticos nas redes sociais.
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O nome da lei não veio à toa. É inspirado na recente denúncia que mostrou envolvimento de mais de R$ 12 milhões de reais não declarados, que faziam caixa 2 para financiar uma máquina de distribuição de notícias falsas para beneficiar Jair Bolsonaro e atacar o candidato do PT Fernando Haddad, disseminando desinformações e mentiras.
Segundo a proposta de Alejandro, a “Lei Bolsonaro” poderia até mesmo destituir do cargo os políticos disseminadores de mentiras como Bolsonaro.
Conforme nota publicada por Navarro, a proposta é necessária para proteger a democracia: “A proposta acabará com a nova maneira de fazer polícia que a extrema-direita latino-americana adotou, usando Big Data”, diz Navarro em seu texto.
O Big Data, pra quem não sabe, foi o mesmo sistema de disseminação de Fake News e uso ilegal de dados de terceiros usado por Donald Trump na última eleição americana. Após os escândalos e investigação da Justiça americana, que envolveram até o dono do Facebook pela venda de dados de usuários, Mark Zuckerberg, atualmente a empresa tenta se firmar no Brasil.
Perguntado pelo motivo do nome de Bolsonaro na nova proposta de lei, o senador chileno explicou: “O nome é devido a questionável forma de fazer política que o candidato presidenciável do Brasil Jair Bolsonaro, que foi surpreendido por empresários amigos pagando a difusão de notícias falsas sobre seus adversários, como a distribuição do ‘kit gay’ para crianças nas escolas; a utilização de uma atriz [Beatriz Segall] morta para dizer que uma apoiadora de Bolsonaro foi agredida; que Haddad defendeu o incesto em um de seus livros e que apresentaria uma lei para legalizar a pedofilia”, todos absurdos inventados pelo sistema de distribuição de fake news bancado pelo Caixa 2 de Bolsonaro, segundo apurou a imprensa.