O infectologista Rico Vasconcelos comemorou a notícia de que, em apenas 2 anos, os novos casos de HIV na cidade de São Paulo caíram 25%.
Com implementação de PrEP na saúde pública desde o início de 2018, nunca se viu uma queda tão expressiva nos novos casos de HIV, que até 2017 se mantinham ano a ano, ou pior, cresciam.
E vale considerar que o número de usuários de PrEP ainda é pequeno: são apenas 5.183 pessoas inscritas no programa que faz acompanhamento da saúde sexual de seus pacientes, não apenas disponibilizando o medicamento, mas também realizando testes de IST e exames periódicos a cada 3 meses.
De acordo com o boletim municipal divulgado por Rico em seu blog no UOL, durante todo o ano de 2019 foram notificados 2.946 novos casos de infecção por HIV. Comparando aos anos anteriores, se trata de uma queda expressiva de 25% comparando a antes de 2017, quando não havia PrEP ainda no Brasil.
A queda foi ligeiramente maior considerando o recorte masculino, 26%. Considerado um grupo mais vulnerável, homens gays e bissexuais representam 86% dos usuários de PrEP pelo SUS em São Paulo.
Entenda como funciona a PrEP no vídeo abaixo:
Entretanto, ainda há que se equilibrar ainda questões como a igualdade racial e acessibilidade na distribuição. Apenas 38% dos usuários de PrEP são negros. Entre pretos também, conforme o boletim divulgou, o número de novos diagnósticos de HIV foi 3 vezes maior comparado a brancos.
“Não podemos deixar de alertar para o fato de o benefício da PrEP precisa ainda ser estendido para todos, sobretudo para a população com menos acesso à saúde e informação”, lembrou Rico Vasconcelos.

Ao final do post, o infectologista aproveitou para parabenizar a cidade de São Paulo pelo pioneirismo na questão, ainda que se tenha que ampliar muito a distribuição do medicamento, que em países do Reino Unido, por exemplo, onde é distribuído em larga escala, fez os novos casos da infecção caíram 71%.
“Parabéns, cidade de São Paulo. Continue com seu empenho para que possamos, dentro de mais alguns anos, finalmente controlar a epidemia de HIV/Aids”, finalizou Rico.