“Estamos assistindo ao desmonte do programa de HIV que é exemplo pra todo o mundo.” É desta forma que o médico infectologista e recifense Bruno Ishigami define em seu Twitter o esvaziamento dos programas de HIV e Hepatite C pelo Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro.
Em uma nota informativa, o Ministério da Saúde informou a suspensão das coletas das amostras para exames de genotipagem do HIV e da genotipagem do HCV. Ao final, a nota avisa aos pacientes que serão desassistidos de forma a tentar minimizar seus prejuízos.
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Veja o documento na íntegra abaixo:

Aos leigos no assunto, Bruno Ishigami explica adiante sua denúncia: “Os exames de genotipagem são ESSENCIAIS pra definir o tratamento da Hepatite C e para definir o esquema de tratamento do HIV em caso de falha do tratamento preconizado. O ministério demorou a lançar o edital e isso prejudicou todo o processo.”
E conclui: “Cometer um erro desse mostra a falta de comprometimento do governo com o programa. É um “erro” primário de gestão.”
Muitos internautas criticara a atitude na postagem: “Isso tem nome : crime. É um atentado para as pessoas que têm essas patologias. Governo obscurantista!” e “Esse cara tá querendo nos matar. Sério, não tem outra explicação!”, postaram.
Não é novidade que o governo Bolsonaro pouco se importe com a saúde, em especial de portadores do vírus. Em uma edição do programa CQC, mais de 10 anos atrás, o então deputado chegou a dizer que o governo não deveria arcar com tratamento de soropositivos no Brasil. Assista abaixo:
De maneira ignorante e limitada, como é seu modus-operandi de ser, Bolsonaro não percebe que não tratar o vírus pelo sistema público de saúde acaba sendo muito mais custoso a longo prazo para o país, uma vez que o vírus pode se espalhar e aumentar o número de infectados, lotando hospitais e consequentemente, deixando muito mais pessoas doentes e mortos pelo vírus.