A deputada federal Tabata Amaral (PDT) se posicionou sobre as eleições na capital de São Paulo, se dizendo com ressalvas, mas a favor do candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no cenário atual.
Em um post em suas redes sociais, Tabata Amaral lembrou o risco que é permitir a eleição do vice de Bruno Covas, Ricardo Nunes, que pode vir a comandar a cidade caso o candidato a reeleição do PSDB vença e daqui 2 anos faça o que seu partido costuma fazer no governo da cidade: abandoná-lo para disputar o governo do Estado. Foi assim com Serra e com Dória, sendo que ambos prometeram concluir os 4 anos de mandato na prefeitura.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
---|
“O vice de Bruno Covas, Ricardo Nunes, acusado de violência contra a mulher, com suspeita de corrupção e histórico de homofobia é a antítese do que acredito”, disse Tabata Amaral.
E continuou: “Não podemos legitimar no poder alguém que não respeita direitos humanos fundamentais e demonstra não ter comprometimento com a ética. Isso pra mim é inegociável”.

Sobre a opção por apoiar a candidatura de Guilherme Boulos pelo PSOL, Tabata Amaral disse que não se alinha inteiramente, mas mesmo assim explicou os motivos pelo qual apoia.
“Como uma deputada jovem e progressista que luta pela transformação da nossa política, não me alinho inteiramente com nenhuma das duas candidaturas que disputam agora o 2° turno. Por outro lado, é fundamental que a postura aberta ao diálogo, especialmente com quem pensa diferente, que o PSOL vem demostrando na campanha, se mantenha. Mais do que nunca, precisamos de pontes, e não de muros.”
Leia abaixo o post da deputada na íntegra (ou clique aqui para acessá-lo no Facebook), onde Tabata Amaral faz o alerta aos cidadãos de São Paulo:
“Em tempos de grande polarização e ameaças autoritárias, é um alívio ver dois candidatos jovens e comprometidos com a democracia disputando o 2º turno em São Paulo.
No 1° turno, apoiei a candidatura de Marina Helou (Rede), mulher progressista que apresentou propostas focadas na melhoria de vida dos moradores das periferias.
Como uma deputada jovem e progressista que luta pela transformação da nossa política, não me alinho inteiramente com nenhuma das duas candidaturas que disputam agora o 2° turno.
Só teremos uma cidade justa e desenvolvida quando colocarmos as periferias no centro da gestão municipal, com responsabilidade fiscal e uma gestão eficiente. Por isso, o meu posicionamento será, sobretudo, contra aquilo que não me representa.
O vice-candidato de Bruno Covas, Ricardo Nunes, acusado de violência contra a mulher, com suspeita de corrupção e com um histórico de homofobia, é a antítese de tudo o que acredito. Não podemos legitimar no poder alguém que não respeita direitos humanos fundamentais e demonstra não ter comprometimento com a ética. Isso, para mim, é inegociável.
Por outro lado, é fundamental que a postura aberta ao diálogo, especialmente com quem pensa diferente, que o PSOL vem demostrando na campanha, se mantenha. Mais do que nunca, precisamos de pontes, e não de muros.
Vivi na pele as consequências da desigualdade e, por isso mesmo, espero que, caso Boulos e Erundina sejam eleitos, compreendam que só conseguiremos promover oportunidades iguais para todos com a participação de diversos setores da sociedade.
Nesse 2° turno, votarei na chapa Boulos e Erundina. Acredito que precisamos priorizar quem mais precisa, por meio de uma educação pública de qualidade, moradia digna, renda e oportunidades para todos.
Sigamos juntos por uma São Paulo mais justa, desenvolvida e ética, e para que os comprometimentos feitos agora não sejam apenas promessas”