Durante o vídeo liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que mostra uma reunião ministerial ocorrida em 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro admite ter medo de ser condenado por homofobia ao deixar o governo e “um de esquerda” assumir a posição.
No vídeo, Bolsonaro manda os ministros defenderem publicamente o governo, pois seus aliados podem ser presos caso um candidato da oposição chegue à Presidência.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
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Brazilian President Jair #Bolsonaro telling his ministers that its time to fight the cultural marxists.
— BasedPoland (@BasedPoland) May 24, 2020
He says accussations of homophobia and racism by the left are not valid reasons for a minister in his government to avoid taking a fight
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English subtitles by: @meap0br pic.twitter.com/VTyIUU4X80
“Porque se for a esquerda, eu e uma porrada de vocês aqui tem que sair do Brasil, porque vão ser presos. E eu tenho certeza que vão me condenar por homofobia, oito anos por homofobia”, afirmou o presidente no vídeo.
Bolsonaro ainda utilizou como exemplo a fala racista do ministro da Educação, Abraham Weintraub, contra a população da China. Segundo o presidente, tudo não passa de “invenção”.
“Daí inventam um racismo, como inventaram agora pro Weintraub. Desculpa, desculpa o … o desabafo: p***! O Weintraub pode ter falado a maior merda do mundo, mas racista? Vamos ter que reagir pessoal, é outra briga”, declarou.
O vídeo liberado pelo ministro do STF Celso de Mello faz parte do inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para investigar se Bolsonaro cometeu crime quando decidiu trocar o comando da Polícia Federal, dois dias depois da reunião.