No Mês do Orgulho LGBT+, Ivanka Trump, filha mais velha e conselheira sênior do presidente Donald Trump, publicou no Twitter uma mensagem de “comemoração” ao mês do Orgulho LGBT+ sem mencionar as palavras “gay, lésbica, bissexual” ou “trans” e até pulou uma das seis cores do arco-íris. Seu pai, Donald Trump, sequer publicou ou deu qualquer declaração sobre as comemorações a histórica data.
Ivanka twittou: “Menos ódio, mais amor!”, ao lado de cinco emojis de corações com as cores do arco-íris padrão, menos a azul.
VÍDEO NOVO DO PÕE NA RODA: |
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Less hate, more love! ❤️🧡💛💚💜#Pride2020 pic.twitter.com/XloCTkTlaz
— Ivanka Trump (@IvankaTrump) June 1, 2020
Para ilustrar a curta mensagem, uma arte de de baixa resolução retirada do Tumblr fez com que os usuários LGBT+ do Twitter se indignassem, somado ao silêncio do próprio presidente sobre a data, que exemplifica o vazio relacionamento de sua presidência com a comunidade LGBT+.
Inúmeros usuários se irritaram com a demonstração de solidariedade de Ivanka, logo suas menções no Twitter passaram a ser centro de memes e manifestações.
Says the daughter of the King of Hate.
— Alex Cole (@acnewsitics) June 1, 2020
“Diz a filha do rei do ódio”, escreveu esse usuário.
— Anthony Oliveira (@meakoopa) June 1, 2020
— Jordi Cruz (@JordiCruzPerez) June 2, 2020
Obama Vs Trump pic.twitter.com/3ObxY4hTBx
— DanielNewmaη 404-737-1636 (@DanielNewman) June 2, 2020
Esse comparou a representatividade de LGBTs no governo Obama e Trump.
Less Trump, more peace! 🕊️
— Leslie for Democracy 🇺🇲 (@Leslieoo7) June 1, 2020
“Menos Trump, mais paz”, ressaltou esse perfil.
Donald Trump só reconheceu o Mês do Orgulho uma vez em seus quatro anos de presidência. Nos primeiros dois anos no cargo, houve apenas silêncio.
Por outro lado, o candidato democrata na corrida presidencial, Joe Biden, prestou homenagem a comunidade LGBT+ com um texto em que relembrava os avanços históricos da luta pela igualdade e homenageava o trabalho dos ativistas LGBT+ recém-falecidos Larry Kramer, Aimee Stephens e Lorena Borjas. Em sua mensagem, Biden declarou: “devemos enviar uma mensagem clara de que o ódio e o fanatismo não têm lugar na América”.
“Nós fizemos um progresso notável em relação aos direitos LGBT+ após décadas (depois dos levantes de Stonewall em 1969), desde a eleição histórica de Harvey Milk até o primeiro candidato presidencial abertamente gay. Somente durante o governo Obama-Biden, foi assinada a lei de prevenção de crimes ódio de Matthew Shepard e James Byrd, Jr; revogamos o “Não pergunte, não conte”; a epidemia de bullying nas escolas foi abordada; estabeleceu-se o avanço da igualdade LGBT+ como uma prioridade da política externa; e a Casa Branca brilhava com as cores do arco-íris para marcar a decisão histórica da Suprema Corte dos EUA que reconhece a igualdade no casamento”, recorda durante o texto.
Biden ainda acusa Donald Trump e Mike Pence de usar a Casa Branca “como um púlpito de intimidação literal para minar os direitos LGBT+”, além de “darem um porto seguro aos supremacistas brancos e outras formas de ódio. Previsivelmente, espessados no aumento nos crimes de ódio contra pessoas LGBT+”.
“Existem realidades sombrias e desafiadoras à frente que não podemos ignorar. No entanto, continuo otimista porque acredito em quem somos como nação. Eu acredito na história deste país e da comunidade LGBT+”, ressalta o presidenciável.
Pride is a global movement of love, self-expression, and community — resilient in the face of oppression and fear and hopeful for a better future. This month, let us recommit to those principles and remain steadfast in the fight for justice and equality. https://t.co/cNxsmEFW6R
— Joe Biden (@JoeBiden) June 2, 2020
Ao divulgar o manifesto nas redes sociais, escreveu: “‘Pride’ [como a data é chamada nos EUA] é um movimento global de amor, auto-expressão e comunidade – resiliente diante da opressão e do medo e esperançoso por um futuro melhor. Neste mês, vamos nos comprometer com esses princípios e permanecer firmes na luta por justiça e igualdade”.