Você sabia que algumas pessoas podem ter sensação de irritabilidade, tristeza ou qualquer outro sentimento negativo após o sexo? É uma espécie de depressão pós-sexo, chamada disforia pós-coito (Postcoital Dysphoria, PCD em inglês).
Mais comum entre mulheres, poucos imaginam que homens também podem ter o transtorno que é menos raro do que se imagina.
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Cientistas da Universidade de Tecnologia de Brisbane, na Austrália realizaram uma pesquisa com mais de mil e duzentos homens, perguntando se eles já haviam passado por alguns dos sintomas da síndrome, como choro, ansiedade ou agitação, após terem relações sexuais consensuais.
Com idade entre 18 e 81 anos, 41% dos homens relataram terem sentido sensações negativas logo após o sexo com alguma frequência em alguma fase durante a vida.
Já 20% assumiram ter notado o comportamento nas quatro semanas anteriores a pesquisa enquanto entre 3 e 4% confessaram sentir isso regularmente.
Mas o que acontece? Afinal, acredita-se que a atividade sexual (consensual) é sempre associada a uma experiência emocional positivas, sendo a PCD um fenômeno contraintuitivo.
Descobriu-se no estudo que as causas podem ter várias fontes, como algum sofrimento psicológico atual, abuso sexual na infância e outras disfunções sexuais ou psicológicas.
Nos casos pesquisados, um passado com experiências de abuso sexual na infância foi apontado como fator que pode desencadear a crise por 12,7% dos homens. Já algum tipo de abuso sexual na idade adulta, foi apontado como motivo por 3,5% dos homens.
Outros resultados comuns apontados como motivo para essa “bad trip” pós sexo foram a depressão (36,9%), seguida de ansiedade (32,5%) e transtorno bipolar (3%).
Vale lembrar que uma outra pesquisa realizada pela Queensland University of Technology, na Austrália, publicada em 2015, descobriu que a DCP é mais comum ainda entre mulheres.
Mais de duzentas, entre 18 e 55 anos foram convidadas a participar de uma pesquisa sobre suas experiências de PCD. Das entrevistadas, quase metade, ou 46% disse ter sofrido PCD no passado e cerca de 5% disseram ter experimentado os sintomas no mês anterior, e 2% ainda relataram ter PCD “sempre” ou “a maior parte do tempo”.