Principal campeã paraolímpica lésbica de Cingapura está defendendo a visibilidade na comunidade queer em seu país. Desde a conquista do bronze nas Paraolimpíadas de Verão de 2016 até a conquista de recordes, Theresa Goh teve uma carreira ilustre. Em declarações à Lifestyle Asia, a atleta descreveu como gostaria que as atitudes mudassem em relação à deficiência e à representação LGBTQ+ no esporte.
Os Jogos Paraolímpicos são um marco cultural no mundo e, para muitos, eles são um farol de esperança e um exemplo do que os melhores atletas com deficiência podem alcançar. Para Goh, única campeã paraolímpica lésbica de seu país, tanto a indústria do esporte quanto Cingapura precisam se esforçar para ouvir as comunidades ao seu redor.
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“Eu acho que quando queremos fazer o certo por um grupo de pessoas, podemos nos dar melhor em ouvir o que esse grupo de pessoas precisa, em vez de presumir que sabemos o que eles precisam”, diz ela.
“Por exemplo, se estiver organizando um evento para pessoas com deficiência, é importante envolver pessoas com deficiência nas conversas, caso haja lacunas que você não possa ver como uma pessoa sem deficiência.”
Fora do esporte, Theresa Goh é embaixadora do Pinkdot desde 2013; Pinkdot é uma campanha anual que luta ativamente pela “aceitação” e “diversidade” para ajudar a alcançar uma “sociedade mais forte”. Ao lado de seu ativismo no Pinkdot, Goh espera expandir os limites da inclusão LGBTQ + de Cingapura, afirmando que “definitivamente há muito mais a ser feito”.
A medalhista tem uma visão para o futuro de seu país: “Eu gostaria de ver mais empatia, menos simpatia. Às vezes, não se trata apenas de se colocar no lugar de outras pessoas. É preciso também ouvir as pessoas que já estão nessa situação”.
A campeã paraolímpica lésbica de Cingapura corajosamente saiu do armário em 2017. Atualmente, Cingapura não reconhece legitimamente relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e eles são considerados ilegais. Não há leis que protejam a comunidade LGBTQ + de Cingapura da discriminação.
Em declarações à Outsports, a campeã paraolímpica lésbica fez um apelo sobre a mudança que gostaria de ver a seguir: “Esteja ciente do seu desejo de ser um ser humano melhor nesta terra, neste plano mortal, enquanto estivermos todos aqui. Esteja atento e seja melhor.”